Essa frase que está no meu mural há quase dois anos sempre fez muito sentido para mim. Quando a escutei pela primeira vez, lembro de ter pensado: “Sim, vou subir tudo que puder e, depois, outros podem subir também”. Me imaginei fazendo a jornada que sempre sonhei e possibilitando, na sequência, que outros também trilhassem o caminho dos seus sonhos.
Mas essa semana eu comecei a questionar se eu quero ser a pessoa que sobe sozinha para só depois permitir aos outros subirem também. Eu nunca gostei de estar só em um elevador, ainda mais se é pra ir muito alto. Sou a pessoa que conta os segundos dentro dessa caixa de subir e sente um alívio no peito quando ele para e mais alguém entra. Então, como que eu quero ir sozinha ao topo e só depois mandar o elevador pra baixo?
Na verdade, esta é uma construção que vem acontecendo comigo ao longo de todo este tempo como líder de equipe. A maturidade tem me distanciado mais da menina que gostava de fazer todos os trabalhos da escola sozinha – por falta de paciência com quem era diferente de mim – e me transformado em alguém que gosta da diversidade que o estar em coletivo traz pra vida.
E assim como um elevador que vai parando andar por andar para receber mais pessoas, a subida pode sim ser mais lenta se for acompanhada. Mas é justamente pelas companhias que sobem com a gente que o tempo passa mais rápido e que temos a oportunidade aprender coisas incríveis.
Se cada um escolhesse ir só, o que seriam dos pitches de elevador?
Elis Teló