Em um momento de reflexão, trabalhando na terra, no meu jardim, alguns insights me determinam à mente e ao coração.

Comecei a perceber, que mesmo no meu jardim, havia muitas plantinhas, ervas daninhas, que cresceram desordenadamente em meio como árvores frutíferas, chás, e flores.

E, ao me ver arrancando e capinando essas plantinhas, percebi que naquele momento eu estava fazendo um exercício físico e emocional, de retirar como ervas daninhas que cresceram ao longo dos anos na minha vida.

Ao ter esse insight, entrei num processo de gratidão, fui decretando mentalmente, com muito amor no meu coração, agradecendo o processo de retirada delas do meu jardim e liberando-as da minha vida.

Lindamente, alguns pássaros cantavam, parecendo sorrir ao perceber aquela jornada.

Me peguei olhando minhas mãos e pés cheios de terra, me percebi sentindo a sua textura, o cheiro dela úmida, brinquei com ela nas minhas mãos, e nessa percepção outro insight me veio à mente.

Estamos sempre buscando um caminho de evolução, com objetivos, objetivos, mas muitas vezes, acabamos não percebendo que há uma fluidez nos nossos projetos, na nossa vida.

Tal como os rios, que possuem uma missão de encontrar o mar… onde, cada gotícula de água, passa por cachoeiras, corredeiras, em alguns momentos está-se em poços mais profundos, em outros, em águas rasas… as gotículas passam por pequenos e grandes processos… e em meio à todos os desafios da jornada, elas seguem seu caminho em direção à sua missão… ao mar!

E, nessa percepção, de retirada das ervas daninhas, me senti uma gotícula de água, que momento, em meio a minha jornada rumo ao mar, me perguntei: o que eu permito crescer no meu jardim? E percebi o quão importante é a fluidez da vida!

E, fluir com leveza, vamos nos encontrando e reencontrando com a nossa jornada! No entanto, em alguns momentos para vermos a beleza da nossa caminha, é importante retirar as ervas daninhas que deixamos crescer no nosso jardim.

Elas são nossos medos, mágoas, ressentimentos, inseguranças… .que também fazem parte do nosso aprendizado.

Dessa feita, penso eu que, ao abrir o olharmos e darmos atenção para elas, pode-se mudar o foco, mudar o olhar, capiná-las, e nos permitir olhar para as plantações que nos trazem felicidade e gratidão.

E, assim, fluímos… fluímos com a vida, e com o coração repleto de gratidão.

 

Tassiani Baséggio

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