Ao olharmos para nossas próprias vidas, a análise de nossos hábitos levaria em conta a energia gasta e o retorno destas escolhas. Como esperado, manteríamos aqueles hábitos que fazem bem e o natural seria descartar ou, no mínimo, substituir aqueles que nos fazem mal, afinal, quem em sã consciência iria optar por hábitos que prejudicam a si mesmo?

Ao contrário das empresas (nem todas), analisar nossa vida de forma objetiva requer por vezes não se deixar levar apenas pela emoção, uma tarefa nada fácil. Hábitos ruins, ao que tudo indica, também são fruto de traumas, mágoas, coisas mal resolvidas e sentimentos negativos ou tóxicos que alimentamos diariamente ao longo de muitos anos. Por vezes, carregamos dores do passado mesmo que atualmente elas não mais sejam causadas. Nem sempre é fácil perdoar os outros ou a si mesmo, na verdade, ás vezes é muito difícil.

Diante desta realidade, precisamos dar um passo atrás e olhar nossas vidas sob perspectiva percebendo tudo aquilo que não agrega do lado de dentro e do lado de fora. Externamente acaba sendo mais simples de identificar e lidar a exemplo de alimentação ruim, baixa hidratação, sono prejudicado ou hábitos não saudáveis.

O lado de dentro porém é outra história. Requer coragem enfrentar nossas próprias sombras, pois ao mesmo tempo que somos nossos melhores amigos também somos nossos piores inimigos: quem saberia mais de você do que você mesmo?

Nas palavras de Joseph Campbell: “a caverna que você teme entrar, guarda o tesouro que você procura”. A caverna é você. O tesouro também. Pra começar a semana, a sugestão em forma de desafio: deixe para trás tudo aquilo que não te leva para frente.

 

Texto originalmente publicado em: https://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/bem-pensado/2020/06/22/deixe-para-tras/

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